segunda-feira, 10 de janeiro de 2011


Em meus momentos escuros,
Em que mem mim não há ninguém
E tudo é nevoa e muros,
 

Quato a vida dá ou tem
Se, um instante erguendo a fronte,
De onde em mim sou aterrado
Vejo o Longíquo horinzonte,
Cheio de sol posto ou nado
Revivo, existo, conheço,
E ainda que seja ilusão
O exterior em que me esqueço,
Nada mais quero nem peço.
Entregolhe o coração...
(Fernando Pessoa)

Nenhum comentário:

Postar um comentário